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  • Alerta da OMS adverte que a invasão de Israel a Rafah seria uma "catástrofe incomensurável"


  • Cerca de mais de um milhão de palestinos estão refugiados em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito

Nesta quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta, advertindo que uma ofensiva militar israelense contra Rafah, no sul de Gaza, resultaria em uma "catástrofe incomensurável".

Além disso, ameaçaria levar o sistema de saúde do território palestino à beira do colapso.

"As atividades militares nesta área, nesta area densamente povoada, seriam, obviamente, uma catástrofe incomensurável e expandiriam ainda mais o desastre humanitário para além da imaginação", relatou Richard Peeperkorn, representante da OMS para Gaza e Cisjordânia.

Rafah, localizada no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, abriga mais de um milhão de palestinos refugiados.

Muitos desses refugiados vivem em acampamentos e abrigos improvisados após fugirem dos bombardeios israelenses em outras partes de Gaza.

Os militares israelenses relatam que desejam expulsar os militantes do Hamas dos esconderijos em Rafah e libertar os reféns que estão presos, porém não forneceu detalhes de um plano proposto para evacuar os civis.

As Nações Unidas alertaram que uma ofensiva israelense ali poderia causar "levar a um massacre".

"Também aumentará a carga sobre um sistema de saúde completamente sobrecarregado, que já está de joelhos, e aumentará a carga do trauma e colocará o sistema de saúde mais perto da beira do colapso", disse Peeperkorn.

Peeperkorn afirmou que a capacidade da OMS de distribuir auxílio médico a Gaza era limitada devido a muitos dos seus pedidos de entrega de suprimentos serem rejeitados.

Ademais, disse também que apenas 40% das missões da OMS ao norte de Gaza foram autorizadas desde novembro e que este número caiu significativamente desde Janeiro.

"Todas estas missões foram negadas, impedidas ou adiadas", disse ele, acrescentando que era "absurdo" que apenas 45% dos pedidos de missão da OMS para o sul de Gaza tivessem sido atendidos.

Anteriormente, Israel negou ter impedido a entrada de ajuda.

"Mesmo quando não há cessar-fogo, devem existir corredores humanitários para que a OMS e a ONU possam fazer o seu trabalho", disse Peeperkorn.